Estava escrito

Estava, estava. Que eu vi, com estes que a terra há-de comer. Andava eu a remexer nuns livros, em casa, e dei com um pequeno farrapo de papel rabiscado. Tinha umas palavras escritas por estas minhas mãos. Pronto. Fui eu. Ok. Tinham sido redigidas anos, muitos anos antes. E gostei, tanto que me espantei, dessa viagem de instantes.

Foi apenas um momento. Um breve contacto com a minha própria memória. Mas suficiente para que a minha calma desaparecesse, se evaporasse e se revolteasse, em turbilhão, sobre a minha cabeça.

Depois passou. Voltei a mim. E aqui estou. Prometo transcrever aqui essas palavras. Prometo.