Perde-se tempo com nada. Nada se aprende. Nada nos bate nos olhos. Cegos, assim, e voluntários, não chegamos, sequer a descobrir-nos.
Se o tempo nos foge, porque não corremos atrás dele? Porque nos deixamos perder continuamente?
Se assim é, continuaremos, para sempre, derrotados. Apátridas de nós mesmos, corpos devolutos sobre quem até o pó se importa de assentar.
Envelhecemos brutos. E não nos damos conta de que nada vale se fecharmos os olhos sem querer - sem ter a mínima vontade - voltar a tê-los abertos por um pouco mais de tempo.
Um pouco mais, apenas.
JEO
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