A uma certa tarde

A uma certa tarde, não espero. Neste recanto aquecido da casa, não descanso. Moribundeio-me. Desvivo. Irrespiro.

Para onde páro, se não vou?

Com quantos dedos terei de dizer de novo que estou mais cansado que ontem?

Estou mais cansado que ontem.

Quantos dedos foram? Distraído, não me dou conta, sequer, das minhas mãos.

(Texto escrito em Janeiro de 1997)

JEO

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