O dia explode, carregado de opacas incertezas. A imagem difusa, a reticência espiam, nas esquinas da memória, a base do que ontem era verde e se dizia. Das altas fragas cai um silêncio que transborda das veias sopradas dos pinhais, o murmúrio das sombras visitando o verde.
E há um vento a mergulhar inteiro sob as pontes que vão da ponta à ponta dessas fragas. É aragem livre que explode também em alegria sem corpo. Agora amor sem beijo.
O dia futuro ninguém o sabe, não há quem lhe fixe partitura, nem maestro comandante que o defina.
Revela-se o dia como vidro fosco, gotejando uma indefinição confusa espalhada pelas mãos sobre o meu rosto.
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