Lindo, lindo era seres azul e eu também

Não ficámos presos à lágrima de não sermos nós quem saiu dali? Tivemos medo. Lembras-te? Aquilo não éramos nós. Éramos outros. Um cajado, a telefonia, duas cabras. E nós. Ali. Assim, sentados a ver. E o futuro a despedir-se de nós, como a gozar, a fazer pouco. Queres levantar-te? Queres mexer-te? Vens? Só às 17 e 23? Caraças, pá. Não me faças perder esta vontade de sair. De me ir embora. De crescer. É tão boa. A consciência da nossa vontade. Mas dói, parece-me, aqui assim, no meio das costas. Dói um bocadito, mas não é nada. Não há-de ser nada. Vais ver.

Foto (c) Joaquim Eduardo Oliveira. Baixa-Chiado, Lisboa, Abril 2008

Sem comentários:

Enviar um comentário