São essas as regras

Olha-me só para estas rugas. Tão novo. Riscos nas costas da mão. Serão do sol? Da passagem do tempo. Da viagem. Sim. Desse contínuo avanço rente ao corpo. Raso à pele. Tantos dias. E tão poucos. Matraquilho do passado e do futuro. Velho corpo no presente. Olha para ti. Que vês a mais que eu não vislumbre? Distraído? Vá lá. Senta-te direito e reconhece que também tu perdes o jogo. No final perdê-lo-ás. São essas as regras. O contrato que duas vidas te impuseram. E tu? Por aqui ainda? Até quando? Olha bem as costas da tua mão esquerda. E da outra. Vá, responde: quem és?

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