Verde alface

Um aperto ligeiro e várias rugas cingidas à beira do cimo dos olhos. É esse o prazer que o prazer da escrita me dá. E sinto-me bem. A cada respirar parece acontecer um sorriso inevitado. Inventado. Uma nova torrente de sal sobre a língua. E depois o gole de água fresca e limpa que se sorve. E o respirar satisfeito. Da saúde. A confiança nunca me faltou. Embora pareça que a não dê a ver. Ah, o calor. Eh, pá. Agora o que ia mêmo bem era uma cervejinha. Eia. Pá. N´era? E um beijo. Um mal-me-quer azul clarinho. Ou branco, pronto. Não há azul. Compreendo. A natureza não nos deu tudo. Uns tons de branco e um pouco de verde, verde alface. Gostas?
Foto (c) Joaquim Eduardo Oliveira, Largo Camilo Castelo Branco, Lisboa, 2008

Sem comentários:

Enviar um comentário